Edição do dia 03/12/2010
03/12/2010 08h47 - Atualizado em 03/12/2010 08h47
Para especialista, bactéria descoberta pela Nasa é revolucionária
‘Esta é a primeira bactéria, primeiro organismo conhecido na Terra que vive além dos seis elementos básicos’, explica Douglas Galante.
Para saber mais sobre a descoberta da Nasa de uma bactéria que pode indicar uma nova forma de vida, o Bom Dia Brasil entrevistou o professor Douglas Galante, coordenador do laboratório de astrobiologia da Universidade de São Paulo. Na opinião dele, trata-se de uma descoberta realmente revolucionária.
Bom Dia Brasil: Essa bactéria é alienígena, foi encontrada na Terra , ela muda todos os parâmetros do que se sabia sobre a definição da vida?
Douglas Galante: Esta é a primeira bactéria, primeiro organismo conhecido na Terra que vive além dos seis elementos básicos, que são carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Ela é capaz de usar arsênio em vez de fósforo no seu metabolismo. Isso é completamente inédito e muda a maneira como a gente enxerga e como a gente define vida no nosso planeta e fora da Terra também.
Que tipo de vida os cientistas procuram fora do planeta? São formas de vida identificáveis ou são em formas de bactéria?
Hoje em dia a busca de vida fora da Terra se resume principalmente a micro-organismos. A gente sabe que eles são os mais abundantes no universo e no nosso planeta também.
Outros planetas que conhecemos, até os que já foram visitados e mapeados, agora terão de ser revisitados? E os outros planetas fora do sistema solar terão de ser vistos com outros olhos? São planetas até difíceis de se identificar no espaço. Como vai ser a pesquisa daqui em diante?
A gente tem de rever os parâmetros que a gente usa nas buscas de vida fora da Terra, porque até o momento a gente usava parâmetros terrestres conhecidos: a vida baseada nesses seis elementos, a vida baseada em água ou a vida baseada em carbono. Agora, com essa entrada do arsênico, a gente pode procurar a vida de forma mais ampla, não só procurando a presença de arsênico, mas também de outros possíveis elementos. A gente tem de abrir um pouco nossa mente e aceitar outras possibilidades.
Como o Brasil está, em termos de pesquisa, desse tipo de vidas desconhecidas?
A gente está começando no Brasil, engatinhando na área ainda, mas a gente já tem um grupo bastante forte, coordenado pela Universidade de São Paulo em colaboração com várias outras instituições, inclusive com a própria Nasa. A gente faz pesquisa como essa feita nos Estados Unidos aqui no Brasil.
fikei espantado kuando li isto !!!!
abraçao do admin g2010g